domingo, 17 de fevereiro de 2019

MULTIPLIQUE ESSA IDEIA!!!!


O Instituto Inspiração entende que a prática da prevenção nas escolas, empresas, igrejas e outras entidades proporciona um debate necessário e pertinente aos grave crescimento do número de vítimas de violência sexual e outras violências. Desse modo, palestras, oficinas e rodas de conversa resultam no fortalecimento do fator de proteção, sobretudo, o encorajamento e assimilação dos canais de denúncia que evidenciam uma resposta rápida em defesa de nossas crianças e adolescentes. O Inspiração entende que a efetiva PREVENÇÃO se realiza com as mãos de todos, não aguardando somente a posição do poder público, e sim, uma construção coletiva da comunidade. 

INSPIRAÇÃO... QUEM SOMOS?!






domingo, 10 de fevereiro de 2019

FELIZ INÍCIO!!!


Com votos de feliz início de uma nova história para cada profissional que exerce seu papel na escola. Certamente é uma grande oportunidade de transmitirmos nosso amor e dedicação à profissão que livremente escolhemos. 


Enfim, gosto de pensar que somos construtores da paz e da representação de um mundo repleto de chances e conquistas!


sábado, 2 de fevereiro de 2019

PREVENÇÃO ÀS VIOLÊNCIAS SE FAZ COM AS MÃOS DE TODOS



É cediço que a prática da prevenção a violência sexual nas escolas através do debate com os estudantes, pais e professores resultam no fortalecimento da rede intraescolar, sobretudo, como parceira da unidade educacional aproximando e disseminando o tema para o conhecimento e atitudes práticas da comunidade ao entorno das escolas. 

Conhecendo o Inspiração

INSTITUTO INSPIRAÇÃO EM CAÇADOR 2016 - 2019


Inspiração nasce em  Caçador em agosto de 2016 à partir da problemática da violência sexual contra crianças e adolescentes. No decorrente ano fora realizado inúmeros encontros com a significativa proposta de entendermos como funciona a Rede de Proteção no município, desse modo, a inquietação com o sofrimento de nossas crianças nos provocou a criação do Projeto Inspiração, no qual, estivemos com pessoas comprometidas que construíram conosco as primeiras ações. E o fundamento de toda e qualquer atividade, consistia, na prevenção. Ora, o empoderamento das famílias, da escola, das crianças e adolescentes se tornaram a regra de vida do Projeto Inspiração. Certamente em 2016 nos ocupamos em estudar a realidade de Caçador e nos organizarmos para o próximo ano.

Em 2017 o Projeto Inspiração trilhou uma importante trajetória para a afirmação do trabalho preventivo na cidade. Iniciamos em três escolas da Rede Municipal e uma escola da Rede Estadual o trabalho voluntário de prevenção a violência sexual por meio das rodas de conversa com os estudantes e palestras com as famílias. Nosso limite era o tempo para a realização das atividades, como professores aproveitávamos a hora\atividade para atuarmos nas escolas que tínhamos aulas. Com o tempo, percebemos que os adolescentes apresentavam inúmeras angústias que transcendiam a temática da violência sexual, por fim, o Inspiração já com uma equipe de professores reorganizou a proposta, a abordagem, introduzimos o RAP, estudamos e aprofundamos nas habilidades psicossocioemocionais, nos estudos filosóficos existenciais e no entendimento do papel institucional do poder público.  E no segundo semestre iniciamos os estudos para transição do Projeto Inspiração para o INSTITUTO LATINOAMERICANO DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - INSPIRAÇÃO, então, em 21 de Outubro de 2017 reafirmamos como entidade social o compromisso instituído no ano anterior. A partir daí o Instituto Inspiração expande seu campo de trabalho.

Iniciamos 2018 com novas parcerias em inúmeras escolas municipais e estaduais de Caçador e região. Dentre os principais pontos de desenvolvimento do Instituto: afirmamos a metodologia de trabalho, construímos com novos apoiadores a Semana Estadual e Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, estivemos em 3 cidades da região com palestras,e panfletagem frisando a PREVENÇÃO e a DENÚNCIA nas escolas e CRAS. Em relação aos estudantes que participaram das rodas de conversa, palestras e oficinas chegamos a 4324 estudantes entre adolescentes e jovens, alcançamos também um número expressivo de 1198 famílias por meio de dezenas de temas referentes ao papel da família na prevenção às violências. Por fim, o Instituto Inspiração tem a prática de não cobrar pelos programas, ações e palestras no âmbito do poder municipal e estadual, temos ciência que esta postura nos possibilita o maior desenvolvimento e crescimento da nossa missão. 

E em 2019 assinamos uma importante parceria com o CENTRO INTEGRAÇÃO EMPRESA ESCOLA - CIEE - esta que iniciou em janeiro deste ano. Com esse quadro, firmamos as tratativas para o aumento da equipe de trabalho e organização do novo cronograma. Enfim, nosso maior orgulho é termos pessoas, empresas e entidades que apoiam o Instituto abrindo novas oportunidades para que possamos melhorar a vida de nossas crianças entendendo a necessidade da PREVENÇÃO e DENÚNCIA. 













CONTATE-NOS:
inspiracaoprojeto@outlook.com
(12) 99231 3223
(49) 99904 3435


domingo, 16 de setembro de 2018


AQUELA INSPIRAÇÃO DIÁRIA


Retomando as atividades no BLOG, então bora retomar à luz da minha inspiração, meu grande PAI. 





terça-feira, 29 de março de 2016

O Princípio Esperança, por Ernst Bloch

Ainda não é noite o dia todo, ainda há uma manhã para cada noite.


O processo do mundo ainda não está decidido em nenhum lugar, nem tão-pouco está frustrado; e os homens podem ser na terra os guardiões do seu rumo ainda não decidido, quer para a salvação, quer para a perdição. O mundo permanece, na sua totalidade, como um fabril laboratorium possibilis salutis.
(Ernst Bloch)



“Que as coisas continuem como antes, eis a catástrofe!” Essa frase é de Walter Benjamin, esquecida em um dos labirintos do monumental Paris, capital do século XIX. Talvez seja uma das imagens mais precisas do que venha a ser o espírito do princípio esperança que o filósofo Ernst Bloch nos anuncia. Vivemos entre essa catástrofe apontada por Benjamin, com sua força destruidora que nos joga subitamente de volta aos ritmos já conhecidos da música do mundo triste, sempre tão igual, e a esperança de uma outra manhã que surpreenda como algo novo. Bloch é um dos grandes filósofos da utopia e construiu em seus 92 anos de vida uma surpreendente reflexão acerca da esperança, mostrando o quanto esse sentimento-conceito foi negligenciado.

Ao apresentar uma breve e densa história da filosofia, da história e da política, Bloch mostra como a destreza dos espíritos, pela maquinaria do funcionamento social, trancafiou os sonhos em redomas coloridas e esvaziou de tal forma o espírito das utopias, chegando, hoje, a usar tal termo para desqualificar uma ação. Com o livro O Princípio Esperança, primeiro de uma série de três volumes, Bloch aposta na esperança e reafirma a força dos resistentes. O livro foi escrito entre 1938 e 1947 enquanto a humanidade vivia tempos de grande destruição (Segunda Guerra Mundial), e alguns sonhos foram queimados de forma cruel em campos de extermínio (tanto os campos prisionais nazistas como os campos “laboratoriais” estadunidenses). Bloch faz do texto uma forma de protesto contra a cultura do mal que se desenhava em seu país (Alemanha). O livro começa com cinco perguntas – secas, diretas e essenciais: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que esperamos? O que nos espera?”.

Bloch foi muito cauteloso para penetrar a escuridão e poder sair, como ele mesmo diz, da paralisia de nosso miserável conhecimento. Ele insiste, em vários momentos do livro, em afirmar que há uma proximidade que turva o olhar, da mesma forma como ao pé do farol não há luz. Sem um horizonte que nos acorde de nossa letargia acomodada não podemos ver mais nada. Sem a provocação do amanhã não poderemos sair do castelo das fatalidades descrito por Leibniz. Mas o fundamental é que se trata de um horizonte que nos joga no aqui e no agora. Esse é, aliás, o princípio motor das utopias desde Tomas Morus e sua ilha de sonhos. As utopias sempre foram literaturas críticas que almejavam pensar o agora e transformá-lo. Bloch não se conforma a tal realidade, que nos sugere que o “sonho” precisa ser sonhado para nos manter funcionando como máquinas que esqueceram seu princípio de funcionamento. Há sonhos que paralisam!

Critica, assim, o sonho contemplativo, disfarçado com as roupagens do grande saber e que joga o sujeito contemporâneo em uma eterna prorrogação do viver. É surpreendente que tenhamos esperado quase 50 anos para ter a tradução dessa obra no Brasil. Como um livro que aborda o futuro demora tanto para chegar num país que, nas palavras de Stefan Zweig, é o país do futuro? Essa obra surge como a luz de uma estrela distante, mas ainda em alcançável. Certamente serão poucos seus leitores, pois ninguém, infelizmente, tem mais tempo e fôlego para um livro de mais de 400 páginas (os três volumes somam mais de mil páginas).

Aqueles, no entanto, que se aventurarem nessa experiência fantástica, encontrarão imagens surpreendentes que Bloch extrai de inúmeros campos do conhecimento e, sobretudo, na literatura. Imagens que nos convocam à ação e tentam substituir o bafo do porão pelo ar da manhã, como diz Bloch. Assim, podemos recuperar as imagens do sonho que move a vida e que nos faz acreditar ainda em um Outro Mundo Possível.

Vivemos contaminados pelo ontem, pelo senso comum que anestesia as potências criativas que todos, em algum canto da alma, possuem. A utopia está tanto nos grandes movimentos sociais que a história já conheceu como nas pequenas ações que podem revolucionar o dia de qualquer um de nós. Superar o velho hábito confortável que nos conduz à mesma trilha no meio do deserto, dizer o que ainda não se disse, imaginar o que ainda não existe é o que alimenta a esperança. Bloch não negligencia esses detalhes em sua obra, mesmo que construa como pano de fundo de sua reflexão uma densa análise das amarras que o capitalismo teceu e, como contraponto, um outro pensamento inspirado, sobretudo, em Marx, que apostava em uma humanidade socialmente possível.

Recorre também à arte, indicando a criação como a revolta necessária que nos conduz ao amanhã. Percorre inúmeras obras na literatura, na música, no teatro, na dança, no cinema, nas artes. Reconhece que é no ato de criação que a vida é possível, e assim podemos nos poupar um pouco da morte, já que viver cada dia as mesmas coisas vai nos matando aos poucos.

São poucos os livros de Bloch disponíveis nas livrarias brasileiras, e a maior parte de sua obra ainda continua inédita em português. Bloch quer pensar como se dão as realidades, as categorias do possível, o verniz das ideologias, o desperdício das forças vitais capturadas no fatalismo interesseiro que diz: não há saída! “Quando não se consegue achar uma saída para a decadência, o medo se antepõe e se contrapõe à esperança”, diz Bloch. Medo e esperança são palavras presentes em nossa história política recente. Diante o panorama de catástrofe que o país vem vivendo, entre a violência da esquina e a indecência nos bastidores da política, a reação possível é arriscar no juízo de Bloch de que pensar é ultrapassar. Pensamos com imagens. Assim precisamos de novas imagens que redesenhem nossas vidas com o cuidado de não aquecer a mesma sopa na panela nova. É catastrófico o relato de Thomas Bernhard de que, retornando à escola depois da guerra, percebeu, substituindo a fotografia de Hitler, um crucifixo. O prego, contudo, era o mesmo. Mudar o prego significa sonhar para frente, já que o princípio esperança de Bloch aposta no que ainda não-veio-a-ser. Precisamos ultrapassar as fronteiras da esperança!


Fonte: http://fronteirasdaesperanca.blogspot.com.br